domingo, 15 de maio de 2011

Ódio


















Sede

Eu tenho sede de justiça
Minha boca seca pede água de juízo
Que venha uma torrente clara e limpa
Para lavar a sujeira deste mundo perdido

Não me permito ignorar tamanha situação
Meu sangue logo entra em ebulição imediata
Vendo porcos imundos portando uma gravata
Vomitando decisões ancoradas em corrupção

Pequenos pardais famintos roubam poucos feijões
E logo são brutalmente massacrados
Enquanto hienas trucidam inocentes e roubam milhões
E permanecem impunes com seus erros ignorados

Nada sou para querer alguém julgar
Minha mão e minha pena estão sujas de sangue
Porém minha alma se inquieta e não posso me calar
A revolta no meu peito parece ser uma constante

Ah! Como desejo que a justiça um dia
Venha como saraiva fulminante em nossos corpos
A injustiça se desintegre na frente dos meus olhos
E minha sede se aplaque como num gole de água fria

Um comentário:

  1. Um mundo justo é um sonho bem distante de todos nós. Infelizmente é isso que eu acho.
    Todos os dias temos exemplos que ilustram essa situação.

    As vezes acho que vivemos na era de Hobbes. Não pelo quesito da liberdade do homem, mas por termos que saber preservar nossas vidas sem ajuda de qualquer autoridade.
    É cada um por si...e olhe lá!

    ResponderExcluir