sábado, 7 de maio de 2011

Paradoxo









Paradoxo

Minha mente é um paradoxo
A ambigüidade me consome
Eu sou um verme, eu sou um herói
Eu sou simplesmente um homem

O que sou eu?
O que é você?
Simples átomos de forma complexa a se agrupar
Ou uma massa orgânica portando uma alma a sonhar

Bate, bate, bate
A sucessividade dos segundos
Bate, bate, bate
A morte se aproxima em ritmo mudo

É a transitoriedade da matéria
Que no final vira pó, barro e lama
Assim o que importa é o espírito
Seus valores são a sua esperança

A fragilidade do meu corpo deteriorado
É compensada pela força do espírito
O meu carbono pode um dia ter sido inanimado
Mas minha alma nasceu e continuará comigo

Eu só queria acreditar
No que não posso entender
E entender
Que certas coisas não irei saber
Pois só sei que o que eu sei
É um quase-nada por assim dizer
Então às vezes me pergunto
O que é realmente saber?

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